O que muda em outubro
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) aprovou um aumento de 1,5% nas tarifas do mercado regulado de gás natural a vigorar de 1 de outubro de 2025 a 30 de setembro de 2026. Ou seja, para os perfis de consumo doméstico mais comuns (casal sem filhos e casal com dois filhos) o acréscimo traduz-se em apenas 0,21 € a 0,36 € por mês.
Mesmo com o aumento, poupança mantém-se
Antes da subida, a fatura média mensal de uma família de quatro pessoas no mercado regulado situava-se em 30,50 €. Aplicando a atualização de 1,5%, o valor passa para cerca de 30,96 €. No mercado livre, uma das ofertas mais competitivas custa 41,16 € mensais. Outros fornecedores praticam preços ainda mais elevados, chegando a ultrapassar 47 € mensais. Como vê, pode poupar mais de 100 euros por ano só com alguns cliques.
Por que continua a compensar permanecer no regulado (ou mudar)
- Tarifas definidas pela ERSE: a atualização de 1,5% mantém-se muito abaixo dos preços médios praticados no mercado livre.
- Desconto social inalterado: o benefício de 31,2% para clientes elegíveis aplica-se sobre a nova tarifa regulada, reforçando a poupança das famílias com menores rendimentos.
- Transparência e simplicidade: não existem planos com fidelização ou cláusulas de adesão que encareçam uma mudança futura.
O que pode fazer agora
Confirmar o seu consumo: conferir na última fatura o escalão de gás natural, o seu preço do kWh e o consumo anual, pontos essenciais para simular alternativas.
Usar o simulador da ERSE: comparar ofertas no mercado livre mesmo que a conclusão, para já, seja manter-se no regulado. A consulta é grátis e não exige dados pessoais.
Reavaliar no fim do verão: novas campanhas comerciais costumam surgir antes do inverno; repetir a comparação nessa altura garante que qualquer migração acontece com números atualizados.
Verificar elegibilidade para a tarifa social: se existir direito ao apoio, ativá-lo junto do comercializador ou da Segurança Social.
Como regressar ao mercado regulado (ou mudar dentro dele)
Contactar o comercializador de último recurso correspondente à zona de distribuição (CUR) e solicitar a adesão.
Disponibilizar número de contribuinte, código de ponto de entrega (CPE) e leitura atual do contador.
A mudança é gratuita, não tem período de fidelização e produz efeitos, em regra, no primeiro dia útil seguinte à receção do pedido.
Comece a poupar
Apesar do acréscimo de 1,5% que entra em vigor a 1 de outubro, o mercado regulado mantém-se, de forma destacada, a opção com menor custo para a esmagadora maioria dos consumidores domésticos. Quem já está neste regime continuará a pagar menos do que em qualquer alternativa livre; quem ainda paga mais no mercado liberalizado tem no regresso ao regulado uma via simples para baixar imediatamente a fatura de gás. Não espere mais.