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Preço da eletricidade no mercado regulado sobe 1% a partir de janeiro

É oficial. Quem nunca saiu da EDP "antiga" (agora SU Eletricidade), vai ter um aumento de 1% na fatura de eletricidade em 2026. Estamos a falar de aumentos de poucos cêntimos. A grande poupança está em mudar com regularidade para a empresa no mercado livre que esteja a fazer os preços mais baixos quando decidir mudar. Pode ter poupanças de muitas dezenas ou até centenas de euros, conforme os seus consumos.

Pedro Andersson

kWh sobe para 16,54 cêntimos em 2026

A fatura de eletricidade para os clientes que estão no mercado regulado vai aumentar, em média, 1% a partir de 1 de janeiro, decidiu a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Trata-se de um aumento abaixo da inflação.

"No mercado regulado de Portugal continental, as tarifas transitórias de venda a clientes finais em Baixa Tensão Normal (BTN) apresentam, em média, uma variação de 1,0%, em 2026", pode ler-se.

Em 15 de outubro, a ERSE tinha apresentado a sua proposta de aumento do preço da eletricidade para as famílias do mercado regulado de 1% e a proposta foi sujeita a um parecer do Conselho Tarifário. Foi aprovada.

Mais cerca de 40 cêntimos por mês

Segundo o regulador do setor energético, a subida agora proposta traduz-se num acréscimo entre 20 e 37 cêntimos na fatura mensal, já com taxas e impostos.

A partir de janeiro, considerando uma potência de 3,45 kVA e um consumo de 1.900 kWh por ano (160 kwh/mês) para um casal sem filhos, o total a pagar será de 36,82 euros, incluindo taxas e impostos (exceto taxa DGEG -Direção-Geral de Energia e Geologia).

Já para um casal com dois filhos, com uma potência de 6,9 kVA e um consumo de 5.000 kWh/ano (400 kWh/mês), a fatura será de 95,03 euros (com taxas e impostos).

Aumento é só para quem está no regulado (SU Eletricidade)

No final de setembro de 2025, 817.000 clientes estavam no mercado regulado.

Estes preços são fixos e não mexem - em princípio - durante 2026 inteiro (pode haver alterações, mas apenas em situações excecionais). No mercado livre, cada empresa faz o preço que quer, quando quiser (desde que informe os consumidores).

"No mercado liberalizado, os preços de venda a clientes finais variam entre comercializadores e dependem da oferta comercial contratualizada pelo cliente", lembrou a ERSE.

O preço final da eletricidade no mercado regulado e no liberalizado (cujos preços variam entre comercializadores e dependem da oferta contratualizada) incluem o valor das tarifas de acesso às redes, reguladas pela ERSE.

Tarifas de acesso às redes aumentam para todos

Entre dezembro do corrente ano e janeiro de 2026, as tarifas de acesso às redes vão ter um aumento de 3,5% em baixa tensão normal (clientes residenciais). Este aumento já vai afetar todos, no mercado livre e no regulado. As empresas privadas podem é absorver - se quiserem - esse aumento, descendo o valor da energia. Ou aplicam o aumento e ponto final. E estará tudo dentro da lei.

No próximo ano, os consumidores com tarifa social vão manter o desconto de 33,8%, seja qual for a empresa que tenham contratada.

Para já, fique com esta informação: na SU Eletricidade, o preço do kWh vai ficar em 16,54 cêntimos. Recordo que tem empresas no mercado livre a fazer menos de 14 cêntimos. Estar no mercado regulado neste momento não compensa financeiramente. É a minha avaliação, mas com esta informação fará o que entender.

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