A maior parte dos pensionistas vão ser aumentados em 2,8% a partir de janeiro do próximo ano, de acordo com os cálculos realizados pela Agência Lusa com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados na sexta-feira.
De acordo com a estimativa rápida do gabinete de estatística, a inflação média dos últimos 12 meses, sem habitação, referente a novembro, foi de 2,27%, o que permite definir a atualização automática das pensões no próximo ano, numa fórmula que tem também em conta a taxa de crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos.
Com base nestes dois indicadores, as pensões até duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), como valor até 1074,26 euros, que englobam a maioria dos pensionistas, vão subir 2,8% em 2026. Segundo disse, no início do mês passado, a ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, este patamar abrange cerca de 90% dos pensionistas.
Já as pensões entre duas e seis vezes o valor do IAS (entre 1074,26 euros e 3222,78 euros) serão atualizadas em 2,27%, em linha com a inflação. As pensões mais elevadas, superiores a seis vezes o IAS, terão uma atualização de 2,02%.
A mesma fórmula é também utilizada para atualizar o IAS, o que confirma que este indexante, usado para calcular várias prestações sociais, também vai aumentar em janeiro para 537,13 euros. São mais 14,63 euros em relação aos atuais 522,50 euros.
Estes valores de atualização significam que, a partir de janeiro, um pensionista com uma reforma de até 380 euros brutos, passa a receber 390,64 euros, mais 10,64 euros mensais. Por sua vez, uma pensão de 950 euros avançará para 976,60 em 2026, isto é, mais 26,60 euros.
Já uma pensão de 1100 euros passa a 1124,97 euros, uma subida de 24,97 euros, enquanto as pensões até 3300 euros aumentam para 3366,66, mais 66,66 euros por mês.