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Idade da reforma sobe para 66 anos e 11 meses em 2027

Idade da reforma em Portugal vai aumentar para 66 anos e 11 meses em 2027, mais dois meses em relação à idade normal de reforma prevista para o próximo ano, fixada em 66 anos e nove meses.

Contas Poupança

A idade da reforma vai subir para os 66 anos e 11 meses em 2027, com base nos dados da esperança média de vida divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). São mais dois meses em relação à idade da reforma prevista para o próximo ano, que será de 66 anos e nove meses.

De acordo com o gabinete de estatística, "no triénio 2023-2025, o valor provisório da esperança de vida aos 65 anos foi estimado em 20,19 anos, apresentando um aumento de 0,17 anos relativamente ao triénio 2022-2024".

De recordar que o valor provisório da esperança média de vida, apurado todos os anos pelo INE e divulgado em novembro, serve para "efeitos de determinação da idade normal de acesso" às pensões de velhice e para apurar "o fator de sustentabilidade a aplicar ao montante estatuário" das mesmas.

Portugal será 8º país com idade de reforma mais alta

A idade da reforma em Portugal passará a ser de 68 anos, tornando-se a oitava mais elevada entre os 38 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um relatório divulgado esta quinta-feira.

Os oito países com a idade normal de reforma futura mais elevada - Dinamarca, Estónia, Países Baixos, Suécia, Itália, Eslováquia, Reino Unido e Portugal - são os que fazem depender a idade de reforma da esperança de vida, de acordo com o estudo "Pensions at a glance 2025", da OCDE.

Na anterior edição do relatório, publicada em 2023, a idade média normal de reforma futura em Portugal já estava a subir dos atuais 65,6 anos para os 68 anos, registando um dos maiores aumentos entre os vários países membros.

De acordo com o estudo divulgado esta quinta-feira, a idade média normal de reforma em 2024, no conjunto dos países membros, era de 64,7 anos para os homens e de 63,9 anos para as mulheres. Para os homens e mulheres que entraram no mercado de trabalho em 2024, a idade normal deve aumentar para 66,4 e 65,9 anos, respetivamente, em pelo menos metade dos países da OCDE.

Atualmente, a idade média normal varia entre os 62 anos na Colômbia, Grécia, Luxemburgo e Eslovénia - ou 52 anos na Turquia, que é um caso atípico -, e os 67 anos na Austrália, Dinamarca, Islândia, Israel, Países Baixos e Noruega. De futuro, as diferenças entre países deverão tornar-se mais acentuadas, com a idade normal de reforma a manter-se nos 62 anos na Colômbia, Luxemburgo e Eslovénia, a atingir os 70 anos em Itália, Holanda e Suécia, 71 anos na Estónia e até 74 anos na Dinamarca, com base na relação entre a idade da reforma e a esperança de vida.

É expectável que a idade da reforma venha a aumentar ainda mais, embora a um ritmo mais lento depois de 2030, ano a partir do qual se prevê que suba um mês por ano até atingir os 67 anos em 2056. Estas estimativas tiveram em conta os vários regimes de acesso à pensão de reforma, sem penalizações, por parte dos indivíduos com uma carreira contributiva completa desde os 22 anos de idade.

O mesmo estudo indica ainda que, em média, um trabalhador com um vencimento médio irá receber uma pensão líquida correspondente a 63% do seu salário líquido após uma carreira completa. Na Áustria, Grécia, Luxemburgo, Portugal e Espanha esse valor é superior a 85%, e nos Países Baixos e na Turquia ultrapassa os 95%. No extremo oposto, estão a Estónia, Irlanda, Coreia e Lituânia, com taxas de reposição líquida futuras inferiores a 40% do salário líquido.

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