Os Certificados de Aforro vão continuar, no próximo mês, a render a taxa de juro base que não pode ultrapassar os 2,5%. Neste momento, a Euribor a três meses, utilizada para calcular as taxas de juro deste produto financeiro, ainda continuam acima dos 2,5% (2,665%), mas cada vez mais próximas de baixar desse valor.
A breve prazo, os Certificados de Aforro vão deixar de render a taxa de juro base de 2,5%, dada a evidente tendência de descida da Euribor a três meses.
De referir que 2,5% é a percentagem de juros que qualquer cidadão que subscreva a Série F vai receber enquanto a Euribor a três meses se mantiver acima dos 2,5%. Contudo, o valor total de juros recebidos pode variar consoante os prémios de permanência.
No entanto, isto não significa que os aforradores devam desistir de subscrever Certificados de Aforro nem retirar o seu dinheiro porque, apesar das quebras, continuará a ser o produto com capital garantido mais vantajoso.
Ainda que a Euribor fique abaixo dos 2,5% e, consequentemente, o rendimento baixe, os depósitos a prazo continuam a cair e o My Savings, apesar de ainda valer a pena, também já baixou os juros de 3% para 2,25%.
No caso dos depósitos a prazo, já rendem menos que os Certificados de Aforro desde o ano passado. Em outubro de 2024, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo tinha caído pelo décimo mês consecutivo, ficando pelos 2,39%, valor inferior à taxa de juro base de 2,5% garantida pelos Certificados de Aforro.
De recordar que os aforradores que tenham Certificados de Aforro subscritos há mais tempo começam a ter direito a prémios de permanência. Por exemplo, quem entre no segundo ano de subscrição já tem direito a um prémio de permanência de 0,25%, que acresce à taxa de juro base.
Isto é, ainda que a taxa de juro base desça dos 2,5%, pode ser de alguma forma compensada pelos prémios de permanência. No entanto, há sempre o risco de perder dinheiro para a inflação, pelo que investimento noutro tipo de produtos financeiros que rendam mais é aconselhado.