Como já sabem, aconselho os Certificados de Aforro não como a melhor solução para rentabilizar as suas poupanças (porque tem melhor), mas como a ferramenta mais simples e prática de pôr o seu dinheiro a render ao nível da inflação, enquanto não opta por soluções melhores. Também são uma boa alternativa para ter o seu fundo de emergência (pode resgatar após os primeiros 3 meses). E é cada vez mais fácil subscrevê-los.
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Desde o lançamento em julho de 2024, a App CTT já tem mais de 35 mil clientes que associaram as suas contas de aforro à aplicação, permitindo-lhes subscrever certificados e consultar saldos de forma simples e rápida, sem precisar de ir presencialmente a um balcão dos Correios. No total, até 31 de janeiro, foram realizadas cerca de 200 mil operações através da plataforma, correspondendo a um montante global de 40 milhões de euros em subscrições.
A crescente adoção da App CTT reflete-se também no volume de operações, representando já 6,1% do total das transações realizadas nas lojas físicas dos CTT.
Recorde de Investimento em Certificados de Aforro
Os certificados de aforro encerraram 2024 com um saldo total de 34.743 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre. A procura por este tipo de investimento intensificou-se desde julho de 2022, impulsionada pela subida das taxas Euribor, tornando-os uma alternativa atrativa face a outros produtos financeiros.
Apesar da retração observada após a introdução da série F em 2023, com uma taxa de juro menos competitiva, a tendência inverteu-se no último trimestre de 2024. A revisão dos limites de subscrição, que duplicou o teto da série F para 100 mil euros e elevou o limite conjunto das séries F e E para 350 mil euros, ajudou a impulsionar novamente a captação de investimento.
Em janeiro de 2025, o saldo global dos certificados de aforro registou um aumento de 352 milhões de euros face ao mês anterior e de 684 milhões de euros em relação a janeiro de 2023, consolidando o estatuto desta opção como um dos pilares da poupança dos portugueses.
O crescimento expressivo das subscrições digitais de certificados de aforro reflete uma maior adesão dos aforradores às novas tecnologias, facilitando o acesso a este produto financeiro.
Por outro lado, lamento que tantos portugueses se limitem aos produtos de poupança mais básicos, sem procurarem alternativas mais rentáveis para ganharem mais dinheiro com o seu dinheiro. Mas lá chegaremos.