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Contas-poupança – O mais visto (e uma resposta a algumas críticas)

Obrigado! Ontem a reportagem do Contas-poupança sobre como escolher o melhor PPR para si e como trocar para um mais rentável se decidir fazer isso foi a reportagem mais vista da televisão portuguesa nos minutos em que foi emitida. Foi um bom regresso à antena, após as férias. esperamos continuar a merecer a vossa atenção […]

Obrigado!

Ontem a reportagem do Contas-poupança sobre como escolher o melhor PPR para si e como trocar para um mais rentável se decidir fazer isso foi a reportagem mais vista da televisão portuguesa nos minutos em que foi emitida. Foi um bom regresso à antena, após as férias. esperamos continuar a merecer a vossa atenção nesta 9ª temporada.

Com o Benfica a jogar, não se pode dizer que tenha sido mau. As audiências, reconheço, são uma coisa que é importante para nós mas não para vocês. O que é realmente importante é que vos tenha alertado para um produto que muitos têm mas não fazem ideia de como funciona e quanto está a render. Vamos às críticas.

Pode ver ou rever a reportagem AQUI.

“Quem é este jornalista para falar de coisas que não sabe?”

Estou a receber críticas (recebo-as sempre com a máxima atenção, porque acredito que só com as críticas podemos melhorar) a dizer que a reportagem tem imensas falhas e que é falaciosa. Já perguntei quais são exatamente as falhas mas ainda ninguém me/nos explicou com pormenor do que estão a falar. Já respondi a alguns desses profissionais (suponho que o sejam) da banca ou dos seguros que se procurarem bem vão de certeza encontrar falhas ou detalhes que podiam ser melhor explicados e que há excepções nesta ou aquela situação. Claro que sim. Muitos PPR vão mudar de banco ou seguradora depois desta reportagem? Não duvido. Mas não acredito que as críticas sejam por isso.

O meu desafio sempre, nestes últimos 8 anos é sempre pegar em assuntos extremamente complexos e trazê-los para o grande público que não percebe nada ou muito pouco do assunto. Não estou a falar para profissionais. Tenho de encontrar um equilíbrio entre a simplificação sem nunca fugir ao rigor. Às vezes consigo, às vezes falho. Acredito que no geral a primeira opção ganha à segunda.

O que deve fixar

Posto isto, mantenho tudo o que disse na reportagem. Os pontos principais que quero transmitir são:

  1. Tem de saber quanto o seu PPR está a render. Se está a render menos do que espera pode mudar para um da concorrência e que tenha as mesmas características (ou melhores) que nos últimos anos tenha provado que rende mais. Avalie.
  2. Saiba se tem um seguro PPR ou um fundo PPR. Um tem capital garantido o outro não. Sim pode ganhar muito mais dinheiro num fundo PPR mas também pode perder (não tem capital garantido). Digo isso na reportagem, ao contrário do que parece que estão a fazer entender nas críticas. Há alguns fundos que têm capital garantido. São raros.
  3. Dentro de cada uma das categorias tem PPR que não estão a render nada e outros que rendem mais. Procure nas listas dos links que menciono (completamente independentes) quais são algumas das opções e atenção às comissões que cobram. O PPR pode estar a render 5%, mas se tiver comissões de 3% de subscrição, acabam por ser na realidade 2% nesse ano e pode haver melhor.
  4. Quem tem de escolher o PPR é você e não a seguradora ou o banco. Eles vão propor-lhe o que lhes interessa a eles ou, na melhor das hipóteses, o que conhecem dentro dos produtos que têm. Não lhe vão dizer que no banco ou seguradora ao lado deles rende o dobro com as mesmas características. (Ai o que eu estou a dizer…)
  5. É fácil trocar para um PPR que tem sido melhor que o seu nos últimos anos. Paga uma comissão de no máximo 0,5% se tiver capital garantido. Se não tem capital garantido é só mudar e pronto. Não paga nada. Pode compensar logo no primeiro ano. A nova entidade trata de tudo por si.
  6. Faça muitas perguntas antes de escolher um PPR e antes de mudar para outro. Mas o importante é que vá com os olhos abertos. Só isso.

Nada me move contra os bancos e seguradoras e muito menos com quem neles trabalha. Mas o meu compromisso é com os consumidores e cidadãos e não ganho nada nem perco nada com as reportagens que transmitimos e com os artigos que escrevo. A decisão final é sempre sua porque o dinheiro é seu.

Sim, é verdade que não sou profissional na área dos seguros e da banca. Cometerei erros e simplificarei demasiado algumas informações? Claro que sim. Isso vai acontecer algumas vezes. Mas falam em falhas e ainda não apontaram em detalhe nenhuma. Mas o essencial é isto. E acho que isto passou. Portanto, estou convencido que esta reportagem abriu os olhos a milhares de portugueses para um produto tão conhecido e desconhecido ao mesmo tempo. Mais reportagens sobre PPR vêm aí.

Estas dicas podem representar dezenas de milhares de euros a mais ou a menos quando chegar à reforma. Avalie riscos e benefícios de cada opção. E sim, fale com os profissionais sobre as dúvidas que lhe tenha provocado. Se tem perguntas para lhes fazer, atingi o meu objetivo enquanto jornalista. Agora o resto é consigo e com eles.

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