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Presidente da República já promulgou diploma que garante atualização de pensões

O diploma que prevê a atualização das pensões no ano seguinte à sua atribuição já foi promulgado pelo Presidente da República. Até agora, tinham de esperar 2 anos até poderem ser aumentados. A partir de janeiro do próximo ano, os pensionistas de 2024 verão aumentadas as reformas entre 2% e 3%.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma que permite que as pensões passem a ser atualizadas a partir do ano seguinte à sua atribuição.

Em causa está uma alteração legislativa que pretende assegurar a atualização das pensões atribuídas pela Segurança Social e pela Caixa Geral de Aposentações, estabelecendo que passam a ter o primeiro aumento logo no ano a seguir, algo que até agora não acontecia.

Ora, isto significa que todos aqueles que se tornaram pensionistas desde janeiro de 2024, vão ver as suas reformas atualizadas já a partir do início do próximo ano.

A fórmula de atualização das pensões está prevista na lei e leva em conta o crescimento da economia e a taxa de inflação.

Considerando os dados disponíveis até agora, e não sabendo ainda quais serão os valores da inflação e crescimento económico no final deste ano, a previsão é de que as pensões atualizadas subam entre 2% e 3%.

A medida já tinha sido aprovada em Conselho de Ministros, no passado dia 2 de outubro, altura em que Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, explicou que "todas as pessoas que passaram ou vão passar até ao final do ano à situação de pensionista no ano de 2024" estão abrangidas pelas atualizações.

Pensionistas de 2023 excluídos de nova regra sobre atualização de pensões

Embora os reformados durante este ano, e os que ainda estão para se reformar até ao fim de 2024, tenham recebido boas notícias com a nova regra de atualização de pensões, a medida não foi vista com agrado por todos.

É o caso de todos aqueles que se tornaram pensionistas no ano passado, que ficam excluídos da nova regra, por esta não ter efeitos retroativos.

Na quinta-feira, o Movimento Justiça para os Pensionistas e Reformados divulgou na Assembleia da República uma carta contra a decisão do Governo, que consideram "discriminatória".

O movimento destaca que o diploma "só terá efeitos para os pensionistas de 2024", o que significa que "exclui cerca de 120 mil pensionistas de 2023".

De acordo com os que subscrevem o protesto, quem se reformou o ano passado atravessou um período de inflação "muito significativa", o que até 2021 não tinha acontecido com anos até de inflação negativa.

"Ao contrário de todos os pensionistas anteriores, não usufruíram de qualquer atualização", lê-se no texto que dirigiram ao presidente da Assembleia da República e aos partidos com representação parlamentar.

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