A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação voltou a descer em janeiro para 3,978%, menos 11,3 pontos base em relação aos 4,091% registados em dezembro do ano passado, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de juro, que atingiu o pico em janeiro do ano passado, tem vindo a descer consistentemente desde então. De facto, o mês passado foi já o 12º mês consecutivo de quebras e também o que registou o valor mais baixo desde julho de 2023.
Relativamente aos empréstimos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita desceu para 3,113% em janeiro, o valor mais baixo em dois anos.
Prestação média continua a descer
A prestação média do total de créditos à habitação desceu para 401 euros em janeiro, menos dois euros face ao último mês do ano passado e o valor mais baixo desde dezembro de 2023.
Dos 401 euros de prestação média registada no mês passado, 225 euros destinaram-se ao pagamento de juros, ou seja, 56% do montante total. Os restantes 44% dizem respeito ao capital amortizado (176 euros).
No que diz respeito apenas aos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação em janeiro foi de 600 euros, menos 32 euros face a dezembro de 2024. Em relação ao mesmo mês do ano passado, trata-se de uma descida de 6,1%.
Capital médio em dívida continua a aumentar
Ao contrário do que tem vindo a acontecer com a taxa de juro implícita e a prestação média, o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 522 euros em janeiro para 68 992 euros.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 140 806 euros, ou seja, uma subida de 671 euros face a dezembro do ano passado.