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Taxa de juro dos Certificados de Aforro sobe para 2,027% em setembro

A rentabilidade dos Certificados de Aforro vai aumentar em setembro depois de cinco meses sucessivos de quebras. A média da Euribor a três meses, nos 10 dias a contabilizar para o cálculo da taxa de juro, foi de 2,027%.

Inês de Almeida Fernandes

Os Certificados de Aforro vão, pela primeira vez em cinco meses, voltar a render mais em setembro. A média da Euribor a três meses nos dez dias úteis anteriores ao antepenúltimo dia do mês, os que são contabilizados para o cálculo da taxa de juro base máxima, fixou-se em 2,027% em oposição aos 1,987% praticados este mês.

Não só a subida da média da Euribor a três meses significa a interrupção de um ciclo de cinco meses consecutivos de descidas, como volta a colocar a rentabilidade do produto financeiro acima dos 2%.

De recordar que a média da Euribor a três meses ficou, pela primeira vez em dois anos, abaixo dos 2,5% no final de março, o que deu inicio ao ciclo de descidas que não tinha cessado até agora. Contudo, o comportamento da taxa nos últimos meses não foi uma surpresa, uma vez que a Euribor está em tendência de descida há vários meses e nos vários prazos. No caso específico da Euribor a três meses, a descida tornou-se mais evidente no início deste ano.

De referir que 2,5% é a percentagem de juros que qualquer cidadão que subscreva a Série F receberia enquanto a Euribor a três meses se mantivesse acima dos 2,5%. Contudo, o valor total de juros recebidos pode variar consoante os prémios de permanência.

Quem tenha Certificados de Aforro subscritos há mais tempo tem direito a prémios de permanência que valem 0,25% a partir do segundo ano de subscrição, valor que acresce à taxa de juro base. Isto é, ainda que a taxa de juro base esteja abaixo de 2%, pode ser de alguma forma compensada pelos prémios de permanência.

Apesar de renderem cada vez menos, os Certificados de Aforro ainda são mais vantajosos que os depósitos a prazo dos bancos tradicionais que remuneraram, em média, 1,43% em junho, de acordo com dados do Banco de Portugal.

O rendimento dos Certificados de Aforro já não é suficiente para combater a inflação - que em julho se fixou em 2,6% -, pelo que se os aforristas pretendem produtos mais rentáveis, terão de procurar alternativas.

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