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PodTEXT | Como ensino os meus filhos sobre dinheiro para evitarem os erros dos adultos?

Os pais ensinam os filhos o melhor que podem e sabem. Mas se não souberem lidar com o dinheiro e tiverem falta de literacia financeira, como é que eles vão ensinar os filhos a multiplicar o dinheiro, a evitarem as armadilhas dos créditos e a não cometerem os erros crassos que muitos adultos continuam a cometer? Este episódio dá algumas dicas simples para os ensinar o mais cedo possível sobre como o dinheiro funciona.

Inês de Almeida Fernandes

[Introdução – Pedro Andersson]

Olá! Sou o Pedro Andersson, jornalista especializado em finanças pessoais, e aproveito as minhas viagens de carro para falar consigo sobre dinheiro. Não é o caso desta vez, porque tenho o carro parado na oficina e, portanto, estou a gravar na mesma o episódio, mas sem os barulhos do motor e do pisca-pisca.

Hoje quero falar-vos sobre literacia financeira infantil. Isto porquê? Porque recentemente foi Dia da Criança e há uma série de projetos em que estou envolvido, relacionados com crianças e literacia infantil, e gostaria de partilhar convosco algumas das coisas que acho que são fundamentais para darmos o melhor futuro possível aos nossos filhos.

Às vezes pensamos que falar de dinheiro é só para adultos, que é uma coisa de gente crescida e queremos proteger as crianças, proteger os nossos filhos, os nossos netos, desta coisa chata e problemática que é falar sobre dinheiro.

Porquê? Porque na nossa vida normalmente ligamos o dinheiro a problemas e não a soluções, a dificuldades, a carência, a escassez, e não a utilizar o dinheiro como uma ferramenta para alcançarmos os nossos objetivos, os nossos sonhos, para comprarmos coisas e serviços que nos fazem felizes. Para tudo isso é preciso dinheiro.

Há o básico dos básicos, que é pagar as contas, mas o dinheiro serve para muito mais do que isso e mesmo tendo pouco, mesmo ganhando o salário mínimo nacional, gerindo o dinheiro de uma forma inteligente, podemos viver com um bocadinho mais de qualidade de vida ou até com menor ansiedade.

Por isso queria partilhar convosco algumas dicas básicas que só recentemente dei por elas, porque estou tão envolvido em finanças pessoais para adultos que não tenho meditado tanto nas finanças pessoais para crianças e temo até ter já cometido alguns dos erros que não devia ter cometido.

O meu filho mais velho já tem 20 anos e o meu filho mais novo já vai fazer 13, e o ideal é começar a falar sobre dinheiro com os nossos filhos a partir dos dois, três, quatro anos de idade e depois ir adaptando os conceitos e o nosso discurso de acordo com as diversas fases da vida deles.

Podemos comparar isto às fases do ensino público, do ensino obrigatório. Quando começam a ter mais maturidade já devemos começar a introduzir outros conceitos.

Portanto, qual é o cenário e porque é que é tão importante falarmos sobre isto? Primeiro porque, mesmo na literacia financeira dos adultos, é uma tragédia. É uma tragédia. Estamos na cauda da Europa em relação à literacia financeira. Um estudo recente diz que um em cada quatro jovens portugueses não compreende o que é o conceito do juro composto.

Se não conhecem a ferramenta básica do ganhar dinheiro, já estamos a ver como é que vai ser a vida deles enquanto adultos e, sobretudo, como é que vai ser a velhice deles se não aproveitaram o facto de serem milionários do tempo.

É muito importante quebrar este tabu que existe nas famílias portuguesas, que é o medo de falar sobre dinheiro. Porquê? Porque as pessoas ligam o dinheiro a coisas más, a dor, a sofrimento, a discussões, a conflitos e, portanto, é normal que queiram poupar os filhos a esse sofrimento e preferem não falar sobre dinheiro.

O que é que acontece? Tal como acontece com outro tipo de educações, porque educamos os filhos em várias áreas, se não falarmos em casa com os nossos filhos, eles vão aprender na mesma. Não tenha a mínima dúvida. Vão aprender onde? Na rua. Vão aprender com quem? Com os outros. Portanto, se soubermos o que lhes queremos ensinar e aquilo que eles devem aprender, é nossa responsabilidade enquanto pais dar-lhes essa educação.

Porque, infelizmente, aquilo que acontece é que muitos pais empurram a educação, não o ensino, para a escola. E a escola está lá para ensinar, também para educar em algumas coisas, mas sobretudo para ensinar. Para educar são os pais. O que é que aconteceu no meu caso? Os meus pais ensinaram-me tudo o que sabiam e da melhor maneira possível. Só que um pai e uma mãe só podem ensinar aquilo que sabem.

E eu, como só acordei para a literacia financeira e para a forma como podemos gerir inteligentemente o nosso dinheiro a partir dos 40 anos, nessa altura os meus filhos já tinham nascido e, portanto, não lhes ensinei aquilo que agora sei e que podia ensinar. Estou a tentar recuperar o tempo perdido. Se é pai ou mãe recente, aproveite este episódio para perceber o que é que deve investigar e aprender para depois ensinar aos seus filhos.

Se já é pai, mesmo que seja de adolescentes, não perca mais tempo. Ainda há muita coisa que podemos fazer. O primeiro ponto é não ter medo de falar sobre dinheiro às crianças, mesmo muito pequeninas. Porquê? Porque elas vão aprender muito rápido que é com o dinheiro que se compram coisas. E as crianças querem coisas, é por isso que fazem birras.

Normalmente aquilo que as crianças pedem quando fazem birra é algo que custa dinheiro. Portanto, o primeiro passo é ensinar-lhes que o dinheiro não chega para tudo. E isso é muito difícil, ao contrário do que possam pensar. Porquê? Porque as crianças não pensam como nós. O raciocínio e a interpretação das crianças não são iguais às de um adulto.

O que vos vou dizer agora podem depois ouvir na entrevista à Cristina Judas, no episódio de sexta-feira, que é uma educadora financeira infantil, uma das poucas pessoas no mundo que investigam a fundo a literacia financeira para criança. Ela estuda, investiga e já escreveu um livro sobre isso também.

E aquilo que ela explica nessa entrevista, que depois vão poder ouvir na íntegra e também em parte na reportagem em vídeo do Contas-poupança – que é emitido na SIC às quartas-feiras –, é que as crianças veem tudo de uma forma muito literal.

Quando lhe perguntei qual era um dos principais erros que os pais cometem com crianças pequenas, ela deu um exemplo: quando a criança pede alguma coisa, há pais que respondem que não têm dinheiro. A criança vai interpretar isso de forma literal, não ter literalmente dinheiro. Neste caso, um dos riscos é a criança pensar que só há duas opções: comprar ou não comprar. E aqui os pais podem imediatamente entrar com um conceito importantíssimo que é o do planeamento.

Face a esta situação, a criança pode pensar uma de duas coisas: ou faz birra porque acha que os pais têm de ter dinheiro porque são adultos ou então ficam tristes pelos pais e não voltam a pedir mais nada porque não lhes querem causar sofrimento. Ou seja, no fundo, as crianças não compreendem realmente o que está por trás dessa frase dos pais.

É diferente dizer simplesmente “não temos dinheiro” do que explicar que no momento o dinheiro está contado para comida ou para despesas, que para poder comprar o brinquedo, por exemplo, se calhar só no mês seguinte. É uma forma também de introduzir o conceito de poupar para atingir um objetivo.

Por exemplo, é tentar explicar à criança que se o que ela quer custa 15 euros, então é melhor definir um objetivo de poupança. Pôr de lado três euros por semana até alcançar o objetivo, por exemplo.

Reparem como a resposta deve ser sempre, enquanto pais, aproveitar o problema ou a pergunta para introduzir conceitos financeiros que serão extremamente importantes para a vida adulta dessas crianças. É explicar a poupança, o planeamento, o pague-se a si primeiro, o conceito de ganhar dinheiro com o dinheiro, o conceito de escassez e também de fazer escolhas.

Em vez de sermos nós pais a querer sempre dar tudo primeiro aos nossos filhos, às vezes se pusermos em perspetiva, eles próprios compreendem. Por exemplo, se a criança pede uma coisa, podemos questionar se em vez dessa coisa não prefere outra. Se calhar acaba por preferir a segunda coisa e até isso é um momento de aprendizagem. Se tivesse logo comprado a primeira coisa, não podia a seguir ter comprado a segunda.

Outro conceito é o dos três cofrinhos mais um. E isto o que é? Desde muito cedo, diz a Cristina Judas, devemos entregar uma carteira à criança para ela guardar o seu dinheiro. É o que ela chama de mesada simbólica. É uma mesada em que as famílias podem definir um valor, um euro por semana, por exemplo, ou mesmo que não seja uma coisa constante, a carteira ser o sítio que a criança usa para guardar as moedas que os pais vão dando ou o dinheiro que os avós dão.

Dessa forma, sempre que a criança quiser comprar alguma coisa, os pais devem combinar com ela que então deve comprar com o seu dinheiro. Por exemplo, se os miúdos quiserem comprar um gelado, então vão à sua carteira e compram o gelado. Isto serve para quê? Para aprender o valor do dinheiro e até para aprender a distinguir o valor e aspeto de cada moeda e nota.

Tudo isto tem de ser pensado, tem de ser consciente. Mas a ideia da Cristina Judas com os três cofrinhos é um clássico nas finanças pessoais infantis. Portanto, um cofre para gastar, um para poupar e outro para doar, para ensinar generosidade às crianças.

Este modelo dos três cofrinhos antecipa o outro, que é este da carteirinha para as crianças. Portanto, os primeiros cofrinhos devem ser até transparentes para que eles possam ver o dinheiro crescer e é uma forma de desde cedo introduzir estes conceitos.

Depois, aos cinco ou seis anos, passa a dar-se a tal mesada pedagógica, aquela que de facto vai ensinar-lhes a lidar com o dinheiro. Aí já não é só quando calha, já vai ser um montante simbólico que a criança já vai estar à espera de receber e que sabe que tem de gerir.

E depois aqui vamos introduzir o conceito de a criança dividir o dinheiro. Quando somos obrigados a dividir estamos a aprender a gerir. E isto porquê? Porque a definição dos objetivos ainda é uma coisa que falha em muitos adultos. É por muitos adultos não saberem que destino vão dar ao dinheiro que acabam por entrar em insolvência pessoal, em dívidas ou créditos desnecessários.

Assim que recebemos, temos de dividir o que temos para saber o que vamos gastar e o que vamos poupar. No fundo, é o pague a si próprio primeiro e depois, dentro desse valor, é que se guarda com fundo de emergência. Mas isto já é no patamar dos adultos, as crianças não têm de saber ainda nada disto.

O tal quarto porquinho será para doar, para dar coisas sem esperar rigorosamente nada em troca. No caso das crianças, o pague primeiro a si próprio vai servir não para fundo de emergência, mas sim para atingir determinados objetivos.

Ou seja, se a criança quer muito um brinquedo, é verdade que podíamos comprar logo o brinquedo, e em alguns casos vamos fazer isso, mas vamos escolher um ou dois exemplos ao longo do tempo em que vamos dizer à criança que se ela quiser esse brinquedo, então vai ter de retirar uma parte do seu dinheiro para esse objetivo. E assim estamos a ensinar às crianças o planeamento e o saber esperar.

É aprender a frustração como uma coisa positiva e não negativa. Porque as crianças devem perceber desde muito cedo que a vida real não é a vida dos pais que compram tudo aos filhos. A vida real é termos de esperar até conseguir ter o dinheiro suficiente para comprar uma determinada coisa. Outra dica que é muito utilizada nas finanças pessoais infantis é a técnica do semáforo.

Quando vamos às compras ou quando a criança quer comprar alguma coisa, devíamos sugerir-lhe que ela própria pusesse uma cor naquilo que acabou de pedir. Ou seja, se precisa mesmo, é verde, se pode adiar é amarelo, se não precisa é vermelho. Portanto, aí já estamos a ensinar também à criança uma forma de ela ter um critério para tomar decisões e fazer escolhas.

Outra pergunta muito interessante é quanto é que deve ser a mesada de uma criança ou de um jovem? A Cristina Judas dá uma sugestão que achei interessante, que é um euro por cada ano de idade. Atenção, não se assuste já, porque é assim, dar uma mesada ou uma semanada – porque o ideal seria por semana para criar um ritmo de aprendizagem mais rápido –, pode ser um valor definido por cada família.

Mas nesta técnica sugerida pela Cristina Judas, se a criança tiver seis anos, então a mesada são seis euros e assim por diante, mas claro que pode ser um valor exagerado dependendo se é semanada ou mesada. Portanto, se for um valor exagerado, passa para metade, por exemplo, para três euros em vez de seis euros. Se mesmo assim achar que é demasiado, reduz para dois, reduz para um, reduz para aquilo que entender.

Mas aquilo que é fundamental é sabermos que temos de ser nós a dizer à criança para que é que ela vai utilizar aquele dinheiro. Ou seja, damos o dinheiro, mas explicamos que deve pô-lo nos seus cofrinhos e que esse dinheiro serve para comprar X ou Y. Explicamos que um cofrinho é para os sonhos, outro para poupança e outro para doar a quem achamos que devemos doar.

Neste último caso, perguntei à Cristina Judas se este cofrinho das doações deve servir, por exemplo, para comprar uma prenda para os pais, para um amigo, para os avós, mas não. O conselho dela é que isso ainda é uma despesa dos adultos, é algo que no fundo acaba por ser quase uma obrigação e o conceito da generosidade e do doar é mesmo dar a estranhos.

Ou seja, dar a uma campanha do Banco Alimentar ou para famílias desfavorecidas, para ajudar animais, o que surgir. Mas é o conceito puro da doação. Temos de ensinar também isso às nossas crianças se quisermos que elas sejam adultas responsáveis financeiramente e que usem o dinheiro para fins que sejam realmente úteis, isto depois de salvaguardarmos obviamente o nosso próprio presente e o nosso futuro.

Por último, acho que é importante também ensinar às crianças o conceito de juros compostos. Obviamente será a partir dos 12 anos, talvez, mas é a ideia de que podem ganhar dinheiro com o dinheiro que têm no terceiro porquinho. Eu não sabia que era possível ganhar dinheiro com o meu dinheiro, nunca ninguém me ensinou isto.

Mas posso dar-vos um exemplo real lá de casa: a partir do momento em que comecei com o Contas-poupança, começámos a falar sobre dinheiro e comecei a investir, só aprendi a investir muito, muito tarde. E aprender a investir é comprar uma ação, comprar um ETF, fazer um PPR, portanto, esse tipo de produtos. E passei a dizer quanto é que estava a ganhar, a perder, etc.

E então, uma vez, o meu filho mais velho, com 14 anos na altura, disse-me que queria experimentar comprar uma ação e perguntei-lhe qual era a ação que queria comprar. Ele disse-me que queria comprar do Facebook, porque era uma coisa que ele conhecia. Então abrimos conta numa corretora e ajudei-o a comprar, obviamente em meu nome, mas comprámos duas ou três ações do Facebook.

Ele passou a acompanhar esse investimento e a perceber que pode ganhar, mas também pode perder dinheiro e que as ações sobem e descem, podem desvalorizar ou valorizar consoante as circunstâncias. Isto é um ensinamento que podemos fazer com qualquer coisa, até com Certificados de Aforro.

O importante é regularmente dizer-lhes que estão a ganhar dinheiro com aquele investimento, mostrar-lhes que pode crescer, que podem ganhar dinheiro com o seu dinheiro. E com isto vai perceber também que o dinheiro dos cofrinhos não cresce nada, isto é, as coisas vão fincando mais caras e o gelado que no ano passado custava 1,50 euros, passa a custar mais 50 cêntimos.

É muito importante este conceito do tempo. Quanto mais tempo passa sem mexer, menos ganha e quanto mais reforçar, mais ganha. Reparem como tudo isto é muito simples, é fácil, não é preciso ser doutorado em Economia e Finanças, e são coisas que podemos ensinar aos nossos filhos a partir dos dois, três anos, até aos 18, mas com consistência e com regularidade.

Sempre que der a mesada, recorde para que é que vai servir e o que é que a criança tem de fazer. Não espere que a criança adivinhe o que é que tem de fazer com esse dinheiro, porque elas ainda não sabem. Essa é a nossa responsabilidade enquanto pais.

Portanto, em resumo deste episódio, é acabar com o tabu do dinheiro, devemos falar com as crianças, não é uma coisa de adultos, devemos aproveitar todas as situações do dia-a-dia. Por exemplo, quando vamos às compras, devemos fazer com que as crianças contribuam para fazer a lista das compras e antes de sairmos de casa e explicar que só vamos comprar o que está na lista. Isto vai evitar muitas birras.

E depois quando fizermos as compras podemos criar até desafios. Por exemplo, a criança fica responsável por ir buscar o arroz e aproveitamos para ensinar sobre como comparar preços por exemplo. Ou seja, cada vez que vamos às compras, eles ficam responsáveis por escolher o preço melhor, na relação qualidade-preço, de um, dois ou três produtos. E dessa forma também estamos a ensinar-lhes uma importante lição que muitos adultos deviam conhecer também.

Outro erro que muitos pais cometem é cobrir a diferença dos filhos. Ou seja, dando uma mesada e estando a criança responsável por uma determinada compra, se lhe faltar o dinheiro, pomos a diferença. Ora, quando estamos a fazer isso, que lição é que lhe estamos a ensinar? Que haverá sempre alguém que os vai salvar.

Portanto, em contexto controlado, em que sabemos o que estamos a fazer, é muito importante que as crianças aprendam as piores lições, mas com a nossa rede. É muito importante que haja situações na vida delas em que fiquem frustradas por não conseguir comprar alguma coisa porque no passado não juntaram o suficiente ou porque não investiram o suficiente.

Isto e muitas outras coisas como, por exemplo, os pais não deveriam, dizem os especialistas, pagar por tarefas domésticas. E porquê? Porque há coisas que não se pagam, há coisas que não devem ter uma recompensa financeira. É normal as pessoas fazerem, quer por viverem em família, quer por viverem em sociedade, mas nem tudo deve ser por dinheiro.

Há coisas que devemos fazer simplesmente porque tem de ser, como trabalhar, e coisas que devemos fazer mesmo com prejuízo da nossa parte, prejuízo financeiro, e essas lições também são muito, muito importantes.

E obviamente depois é ensinar o básico que é lidar com o dinheiro digital, isto é, com o cartão multibanco, a importância de o PIN ser difícil, a importância de nunca dar o PIN ou dados pessoais ou financeiros a estranhos, como evitar burlas na internet relacionadas com investimentos, ensinar-lhes a noção do juro composto. 

Mas lá está, são coisas que nós adultos temos de aprender primeiro para depois ensinar numa linguagem que eles percebam e utilizando o dia-a-dia como escola financeira dos nossos filhos.

Quero terminar dizendo que na SIC e no Expresso estamos a fazer um grande esforço para levar a literacia mediática e não só a literacia financeira, também aos mais jovens. Há dois projetos novos que estão a ser reforçados.

Há um projeto que a SIC Notícias tem que é o Explica-me, e se for ao site vai ter muita informação ligada à atualidade e também à literacia financeira explicada de uma forma que as crianças entendem. Por exemplo, tem lá um vídeo a explicar porque é que o preço do ouro muda todos os dias e porque é que as pessoas compram ouro para terem dinheiro em alturas de crise.

Depois também há o Expressinho, que é o semanário Expresso, mas com as notícias explicadas de forma que as crianças percebam. É um contributo que damos para que a nossa sociedade fique mais esclarecida e mais resistente à manipulação e às fake news que sabemos que é um problema muito sério.

Muito obrigado por me ter acompanhado em mais este episódio. Aguardo com expectativa as vossas experiências, os vossos exemplos também, sobre como ensinam dinheiro aos vossos filhos para criarmos adolescentes e jovens adultos que lidam com o dinheiro de uma forma saudável, consciente e dessa forma estamos a dar-lhes o melhor começo possível.

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Aprenda a gerir melhor o seu dinheiro

Trata-se de educação financeira e não matemática financeira. Isso é lá mais para a frente. O dinheiro não é um "bicho papão" e pode ser o nosso melhor amigo no que diz respeito a alcançarmos objetivos e os nossos sonhos. Nós, enquanto pais, temos uma enorme responsabilidade. Mas também temos de ser ensinados para depois ensinarmos bem. Veja se estas dicas fazem sentido para si.

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