Investimentos

Certificados de Aforro vão continuar a render 2,5% de juros em março

Taxa de juro base para março mantém-se nos 2,5%, mas a média da Euribor a três meses, que conta para os cálculos dos Certificados de Aforro, fixou-se em 2,523% este mês. Quando a Euribor a três meses ficar abaixo dos 2,5%, os Certificados de Aforro vão passar a render menos.

Inês de Almeida Fernandes

Os Certificados de Aforro vão continuar, no próximo mês, a render a taxa de juro base que não pode ultrapassar os 2,5%. Neste momento, a Euribor a três meses, utilizada para calcular as taxas de juro deste produto financeiro, ainda continua acima dos 2,5% (2,523%), mas cada vez mais próxima de baixar desse valor.

Mantendo-se a tendência de quebra, é provável que em abril os Certificados de Aforro possam já não render a taxa de juro base de 2,5%, dada a evidente descida da Euribor a três meses.

De referir que 2,5% é a percentagem de juros que qualquer cidadão que subscreva a Série F vai receber enquanto a Euribor a três meses se mantiver acima dos 2,5%. Contudo, o valor total de juros recebidos pode variar consoante os prémios de permanência.

No entanto, isto não significa que os aforristas devam desistir dos Certificados de Aforro ou retirar dinheiro que lá tenham investido. Apesar das quebras, este continuará a ser um dos produtos mais vantajosos com capital garantido.

Quando se der a queda da Euribor abaixo dos 2,5% e, consequentemente, a rentabilidade baixe, os Certificados de Aforro continuarão a ser uma das melhores apostas, visto que os depósitos a prazo continuam a cair.

De recordar que quem tenha Certificados de Aforro subscritos há mais tempo começa a ter direito a prémios de permanência. Por exemplo, quem entre no segundo ano de subscrição já tem direito a um prémio de permanência de 0,25%, que acresce à taxa de juro base.

Isto é, ainda que a taxa de juro base desça dos 2,5%, pode ser de alguma forma compensada pelos prémios de permanência. No entanto, há sempre o risco de perder dinheiro para a inflação, pelo que investimento noutro tipo de produtos financeiros que rendam mais é aconselhado.

Em média, os depósitos a prazo já rendem menos que os Certificados de Aforro desde o ano passado. Em outubro de 2024, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo tinha caído pelo décimo mês consecutivo, ficando pelos 2,39%, valor inferior à taxa de juro base de 2,5% garantida pelos Certificados de Aforro.

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