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E-Lar: candidaturas da segunda fase afinal só arrancam a 11 de dezembro

Tal como foi anunciado pela Ministra do Ambiente, o aviso para a segunda fase do programa E-Lar vai ser publicado hoje (dia 2 de dezembro). Creio que todos interpretámos que isso significava que - uma vez que já conhecíamos todas as regras - hoje seria possível preencher a candidatura para quem não conseguiu fazê-lo na primeira fase.

Acabei de falar com o Ministério do Ambiente e informaram que isso só será possível a partir de 11 de dezembro. E há algumas alterações nas regras em comparação com a primeira fase. Leia o artigo.

Pedro Andersson

Como se candidatar ao programa E-Lar (segunda fase)

Hoje (dia 2 de dezembro) vai ser publicado o aviso da segunda fase, na página do Fundo Ambiental.

Esse aviso dirá que (apenas) os fornecedores terão até dia 4 de dezembro para confirmar que querem continuar a ser fornecedores nesta segunda fase (manifestação de interesses) e dar a oportunidade a novos fornecedores para se inscreverem.

No caso dos cidadãos, só a partir do dia 11 de dezembro, poderão apresentar as suas candidaturas, de acordo com as 3 situações: com tarifa social, que vivem em "bairros mais sustentáveis" e todos os outros cidadãos com contrato de eletricidade.

As novas regras do E-Lar

Este segundo Aviso traz algumas alterações para atualizar situações que não estavam previstas na primeira fase.

  • Quem prestar falsas declarações ou mentir sobre a existência de equipamentos para substituir, ficará impedido de aceder a apoios durante 3 anos.
  • Quem disser que tem equipamentos para substituir e depois o instalador chegar lá e esse equipamento não existir, o candidato terá de pagar a deslocação e o transporte do equipamento.
  • Quem tem tarifa social vai receber mais 50 euros adicionais para pagar a remoção e selagem do gás natural (gás de botija não é necessário), porque tem de ser feito por profissionais certificados e isso tem custos. Quem não tem tarifa social continua a suportar esse custo adicional (é obrigatório fazer esta selagem).

Em resumo, se estava a contar apresentar a sua candidatura ainda hoje, saiba que ainda tem de esperar até quinta-feira da semana que vem (dia 11 de dezembro).

E não se esqueça de ler bem este aviso que vai ser publicado hoje, porque tem regras diferentes da primeira fase.

Pode ser um apoio para troca de eletrodomésticos a gás por elétricos até um valor de 1.683 € (+50 € para a selagem do gás natural). Se achar que é uma boa opção para si, aproveite!


O que é o E-lar?

O E-lar é um programa público que financia medidas de melhoria da eficiência energética nas habitações. Enquadra-se no Plano de Recuperação e Resiliência e pretende substituir os equipamentos a gás por elétricos. O apoio pode ser usado, entre outras coisas, para substituir gratuitamente (ou quase):

  • Fogões a gás (por placas elétricas ou de indução)
  • Fornos a gás (por fornos elétricos)
  • Esquentadores (por termoacumuladores). Bombas de calor não são aceites.

O programa foi criado para três grupos de pessoas (apenas em Portugal continental, as ilhas não estão incluídas):


O programa foi criado para três grupos de pessoas (apenas em Portugal continental, as ilhas não estão incluídas):

  • Famílias já inscritas no programa Bairros mais sustentáveis.
  • Consumidores que beneficiam da tarifa social de energia.
  • Todos os cidadãos com contrato de eletricidade ativo em Portugal.

Ou seja, qualquer pessoa pode candidatar-se, mas o valor do apoio varia.

  • Tarifa social ou Bairros sustentáveis: podem receber até 1.683 €, incluindo IVA, instalação e transporte.
  • Restantes famílias (classe média): podem ter descontos até cerca de 1.100 €, mas terão de pagar o IVA e não têm direito ao transporte e instalação gratuitos.

Quanto pode poupar com o voucher E-Lar

Os apoios máximos para beneficiários da tarifa social ou Bairros sustentáveis são:

  • Placa elétrica: até 179,60 €
  • Placa de indução: até 369 €
  • Forno: até 369 €
  • Termoacumulador: até 615 €
  • Transporte e instalação: até 150 € (placa e forno) + 180 € (termoacumulador)

Total: 1.683 €.

Para famílias sem tarifa social, os descontos podem ir até cerca de 1.100 €, dependendo do equipamento escolhido. Estes são os valores máximos do apoio por equipamento:

  • Placa elétrica: até 145 €
  • Placa de indução: até 300 €
  • Forno: até 300 €
  • Termoacumulador: até 500 €
  • Transporte e instalação: (não elegível)

Total: 1.100 €.


Recordar o que já foi explicado no Contas-poupança

Ao longo das fases anteriores, o Contas-poupança publicou vários artigos com explicações detalhadas, dúvidas frequentes e avisos importantes. Para quem precisa de rever os critérios, perceber como funciona o processo ou evitar erros que levaram à rejeição de candidaturas anteriores, seguem os links diretos:


Avalie também os custos da alteração: provavelmente vai ter de aumentar a potência contratada de eletricidade e talvez até fazer obras no seu prédio se tiver um instalação elétrica antiga. Mas se já estava a pensar fazer esta substituição de equipamentos, parece ser uma boa oportunidade.


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