A Procuradoria-Geral da República (PGR) lançou um alerta esta terça-feira para mensagens fraudulentas sobre alegadas dívidas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) enviadas via Whatsapp por remetentes identificados como "SNS24".
Através do seu Gabinete de Cibercrime, a PGR reforçou que as mensagens "não são remetidas pelo Serviço Nacional de Saúde, nem por qualquer outra entidade por ele autorizada a fazê-lo", sublinhando que a menção ao SNS no destinatário "é falsa" e apenas pretende convencer os cidadãos a efetuar pagamentos indevidos a terceiros.
De acordo com a nota divulgada pelo Ministério Público, o esquema de burla visa “destinatários indiscriminados” através da “expedição massiva” de mensagens pela plataforma Whatsapp, que invocam dívidas ao SNS e apresentam referências Multibanco para pagamento no período de cinco dias. O objetivo é levar à reação urgente das vítimas, para que se precipitem a pagar de forma impulsiva a quantia referida.
“Para o efeito são usados cartões telefónicos de redes nacionais, frequentemente com o número chamador oculto, ou cartões telefónicos pré-pagos. O respetivo remetente vem sempre referenciado apenas como ‘SNS24’”, explicou ainda a PGR.
As referências Multibanco apresentadas para os pagamentos “são solicitadas pelos criminosos a entidades financeiras disponíveis no mercado, que prestam tais serviços a terceiros”, tendo sido identificado neste esquema um intermediário financeiro sediado nos Países Baixos, a sociedade MediaMedics B.V.
“O propósito dos autores destes factos criminosos é enganar vítimas menos atentas, convencendo-as a efetuar pagamentos que não são devidos. É recomendável que se avaliem cautelosamente as mensagens eletrónicas desta natureza que sejam recebidas. Não deve responder-se às mesmas, devendo antes tais mensagens ser comunicadas ao Ministério Público ou aos órgãos de polícia criminal. Para lá disso, mensagens deste tipo devem ser ignoradas, sem se lhe dar qualquer sequência”, alertou o Ministério Público.